quarta-feira, 12 de março de 2014

Ten - 10 (Vee)

Ei... - sussurrei para voltar a me olhar fazendo um carinho no queixo, e minhas suspeitas se confirmaram ao ver seus olhos úmidos de lagrimas - Não faz assim!...
- É por causa do machucado - ela fungou, olhando envergonhada em minha direção. Mordi sua bochecha sem aviso prévio, fazendo-a soltar um gritinho. Ela começou a bater no meu ombro até que eu parasse de morder. 
Nossas bocas se encontraram, e minha mão se encheu com a macies de sua coxa, praticamente toda exposta pelo seu shorts de pijama. 
Subi meu toque e brinquei com o tecido de sua roupa. Katie se empenhou em traçar um caminho de mordidas no meu maxilar seguindo para o meu pescoço. Suas unhas arranharam o outro lado do meu rosto em provocação, e eu beijei a palma de sua mão sobre o curativo que eu acabara de fazer. Sorrateiramente, continuei escalando com a minha mão sua perna até o cós do shorts, acariciando a região logo abaixo do umbigo com meu polegar antes de entrelaçar meu dedos pelo elástico de sua calcinha. Ela soltou o ar pesadamente, descolando a boca da parte de trás de minha orelha, e eu prossegui, descendo de pressa e explorando cada centímetro de pele no caminho. Abaixei minha cabeça ao chegar ao meu destino, repousando minha testa sobre seu ombro com os olhos fechados, concentrado em sentir cada reação que seu corpo oferecia aos meus estímulos. Ela respirou fundo quando as pontas do meus dedos encontraram com a umidade de suas coxas. Sem exercer muita pressão, acariciei a região sensível e senti minha boca salivar ao perceber o quão intenso era o meu desejo.
- Quero te beijar! - sussurrei para a curva de seu pescoço, completamente refém. Katie trouxe sua boca até a minha, respirando com dificuldade devido aos lentos movimentos de meus dedos, e eu retribuí o beijo que ela me deu. No entanto, não era àquele tipo de beijo que eu me referia. Eu ainda estava sedento.
– Eu quero... – ofeguei, removendo minha mão de dentro de seu shorts e passando meu braço por baixo de seus joelhos; envolvi sua cintura com o outro, e levantei da cadeira, carregando-a comigo, para deitá-la sobre a mesa ao nosso lado, empurrando todo o resto.
Seus quadris estavam alinhados com a beirada do móvel, suas pernas pendiam uma de cada lado de meu corpo, e ela se esparramou sobre a madeira escura, com o olhar fixo no meu. Minhas mãos deslizaram por sua cintura, levando junto consigo em sua subida a camiseta do pijama, e meus lábios encontraram sua barriga. Ela arqueou as costas em resposta à minha carícia, removendo a primeira peça de roupa e expondo seus seios. Levei meus beijos até eles, com toda a paciência e dedicação do mundo. Katie mantinha os lábios entreabertos, e por entre eles uma sinfonia de gemidos baixos escapava a cada toque de minha língua em sua pele. Uma vez livre da parte de cima de seus trajes, minhas mãos passaram a trabalhar na parte de baixo, empurrando os dois itens restantes de vestuário enquanto a distraía com beijos e leves mordidas.
Assim que a despi por completo, espalmei minhas mãos ao lado de sua cabeça e olhei fundo em seus olhos. Meu rosto pairou a centímetros do dela quando enfim finalizei minha frase:
– Te beijar.
Sua respiração tornou-se ainda mais irregular após algum tempo, e só para provocá-la, interrompi minhas atividades e ergui um pouco o rosto para observá-la: seu corpo estava recoberto por uma fina camada de suor, o que apenas o tornava ainda mais convidativo, e suas feições denunciavam o alto nível de excitação no qual ela se encontrava, à beira do abismo. Imediatamente percebendo minha pausa, ela me olhou; deslizei uma mão por sua barriga, e Katie entrelaçou seus dedos nos meus. Retomei meu trabalho, e em poucos minutos ela atingiu o ápice, apertando minha mão com força.
Relutante, permaneci onde estava, permitindo que ela recuperasse o fôlego e recolhendo o resultado de meus esforços. Somente parti o beijo quando ela ergueu o tronco da mesa. Levantei meu rosto até o dela, recostando-me na cadeira, e enxuguei meus lábios com as costas da mão, com os olhos vidrados. Sua boca e bochechas estavam vermelhas, e seu cabelo bagunçado denunciava claramente o evento nem um pouco ortodoxo que havia se passado. Ela estava nua, sentada diante de mim, com as pernas abertas e a respiração irregular.
Com um sorriso sujo, ela esfregou um dos pés no lado externo de meu joelho, e aos poucos o apoiou por inteiro sobre minha coxa. Continuamos nos encarando, numa espécie de transe, e ela continuou seu trajeto, parando ao atingir minha virilha com a ponta do pé. Levei minha mão até sua panturrilha, acariciando a pele quente, prestes a me render.
Katie havia vencido assim que coloquei os olhos nela.
– Sabe o que é curioso? – ela indagou, ficando de pé – Como é que eu me encontro completamente nua, enquanto você ainda está completamente vestido?
Ergui uma sobrancelha, observando-a cercar minhas coxas com as suas e sentar em meu colo, com as mãos sobre meus ombros.
– Hm... E isso te não te agrada?
Ela suspirou pensativamente, descendo as mãos por meu peito e abdômen e parando ao atingir a barra de minha camiseta, enquanto as minhas ocupavam seu lugar em sua cintura.
– Pra ser bem sincera, eu não tenho do que reclamar – ela respondeu, livrando-me da peça de roupa sem cerimônias.
– Ah, é? – provoquei, antes de segurá-la pela cintura e puxá-la para mim – Fico grato pela consideração.
Suas unhas se fincaram em meus bíceps em resposta ao contato direto de nossos corpos. Seus mamilos se enrijeceram contra minha pele, me fazendo ver estrelas; o mero fato de estar abraçado a ela sem barreiras entre nós já bastava para me tirar do sério.
Já ficou óbvio que eu era pirado por aquela garota ou preciso elaborar mais um pouco?
– Se eu fosse você, não comemorava antes do tempo – ela retrucou, beijando o canto de minha boca – Eu nunca disse que igualaria o placar... Pelo menos não tão cedo.
Katie percorreu meus lábios com a ponta de sua língua, levando suas mãos até o botão de minha calça, e eu senti calafrios descerem por minha espinha ao me dar conta de que aquilo realmente estava acontecendo. Fechei os olhos, implorando por misericórdia, e respirei fundo ao sentir o botão abrir, aliviando parte da pressão que começava a me sufocar. O zíper seguiu o mesmo caminho, permitindo que as pontas de seus dedos passeassem por parte de meu membro por sobre a cueca. 

Ela depositou mais um beijo no outro canto de meus lábios e manteve o rosto colado ao meu, de forma que seus cílios fizessem cócegas em minhas pálpebras. Tudo em mim parecia tão quente que eu temia uma queda de pressão a qualquer instante
Como se todo o resto não bastasse para me enlouquecer, ela começou a gemer perto de meu ouvido, deixando-se levar pelo efeito de seus movimentos em seu próprio corpo. Mordi meu lábio com força, respirando fundo e de olhos fechados, imaginando o que seria de mim quando eu realmente estivesse dentro dela. Se já me encontrava naquele estado com uma mera simulação...
– Eu preciso... – murmurei, levando uma de minhas mãos até seu cabelo e prendendo algumas mechas em meu punho. Não consegui terminar a frase, pois já estava atingindo o limite de meu autocontrole, mas não precisei. Ela também precisava.
Numa sequência de movimentos desajeitados e apressados, removemos o resto de minhas roupas. Porém havia mais um problema.
– A camisinha – ela disse, assim que nos vimos livres de qualquer vestimenta – Eu já volto...

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